Abordagem computacional e matemática baseada em sistemas de conhecimento africanos, caracterizada pelo uso de fractais, recursividade não-linear e estruturas comunitárias descentralizadas.
Sistemas de IA cujos processos de tomada de decisão são opacos, seja por segredo comercial ou complexidade técnica, impedindo que o usuário entenda por que foi julgado ou excluído.
A extensão do poder estatal e corporativo sobre a vida biológica dos cidadãos através de tecnologias de monitoramento (wearables, apps de saúde).
Softwares de vigilância instalados em computadores de trabalhadores (especialmente remotos) para monitorar produtividade através de capturas de tela, registro de teclas e rastreamento ocular.
Fase do capitalismo onde a acumulação de riqueza depende da exploração das faculdades mentais, intelectuais e afetivas dos trabalhadores e usuários, não apenas da força física.
Uma ordem econômica que reivindica a experiência humana como matéria-prima gratuita para práticas comerciais ocultas de extração, previsão e vendas.
A criação deliberada de gargalos de mercado por corporações para capturar valor de criadores e consumidores, tornando a evasão da plataforma economicamente inviável.
A transição da postura de "usuário" (consumidor passivo de plataformas) para a de participante ativo na governança, criação e manutenção da infraestrutura digital (ex: moderar um servidor Mastodon).
Processo degenerativo onde modelos de IA, treinados com dados gerados por outras IAs, começam a perder coerência, diversidade e qualidade, levando a uma "homogeneidade alucinatória".
A representação virtual de um indivíduo composta por fragmentos de dados agregados. Para o sistema, este duplo é a entidade "real" que é avaliada para crédito, risco e acesso.
O direito ético e político de não ser totalmente transparente, compreendido ou reduzido a categorias pelo "Outro" (ou pelo sistema colonial/tecnológico).
O ciclo de vida predatório das plataformas: 1. São boas para o usuário para crescer; 2. São boas para o anunciante para lucrar; 3. Tornam-se terríveis para ambos para manter o monopólio.
Dados gerados pelo usuário que vão além do necessário para a melhoria do serviço e são usados exclusivamente para treinar modelos preditivos de mercado.
Federação de servidores independentes (como Mastodon, PeerTube, Lemmy) que se comunicam entre si usando protocolos abertos (ActivityPub), sem uma autoridade central.
O uso estratégico do erro, da falha e da ilegibilidade para recusar a classificação binária e normativa imposta pelos sistemas de controle.
Uma identidade forjada por probabilidades estatísticas baseadas no passado, negando a capacidade humana de mudança e reinvenção.
A capacidade coletiva de visualizar e desejar futuros que rompem fundamentalmente com a lógica do presente, recusando o "Realismo Capitalista".
A capacidade ontológica do ser humano de iniciar algo novo, inédito e imprevisível, rompendo com a cadeia de causalidade histórica.
O uso de automação e IA para decidir quais grupos populacionais são "descartáveis" ou devem ser submetidos à morte social/física (negação de crédito, saúde, liberdade).
Nova categoria de direitos humanos propostos para proteger a integridade mental e a privacidade neural diante dos avanços da neurotecnologia.
Estratégia de resistência que envolve a produção deliberada de dados ambíguos, confusos ou enganosos para tornar a vigilância ineficaz.
A condição existencial onde as fronteiras entre online e offline desapareceram, exigindo uma ética que trate o digital como parte integrante do ambiente real.
Design de computação holístico focado em maximizar a vida útil do hardware, minimizar o consumo de energia e integrar a tecnologia aos ciclos naturais.
O ato de "trazer à existência" algo que não existia antes. Criação genuína.
Classe social emergente caracterizada pela instabilidade laboral crônica, falta de identidade ocupacional e dependência de plataformas digitais (Gig Economy).
A atmosfera cultural generalizada de que o capitalismo é o único sistema político e econômico viável, e que é impossível imaginar uma alternativa coerente.
Conteúdo de baixa qualidade gerado em massa por IA (textos, imagens, comentários) com o único objetivo de capturar atenção ou manipular SEO, sem valor intrínseco.
Visão de futuro otimista (mas punk) que imagina como a sociedade seria se resolvêssemos nossos principais desafios contemporâneos com ênfase em sustentabilidade, comunidade e alta tecnologia descentralizada.
Tese de que o capitalismo evoluiu para um sistema onde os mercados foram substituídos por plataformas (feudos digitais) e o lucro foi substituído pela renda extraída de "servos" (usuários e empresas subalternas).
A hipótese de que a maior parte do tráfego e conteúdo da internet é gerado por bots e agentes de IA, simulando atividade humana para criar engajamento falso.
Conceito sobre os "refugos humanos" da modernidade; pessoas que se tornam supérfluas para a produção econômica e são, portanto, segregadas ou excluídas pelo sistema (e agora, pelos algoritmos).
Patologias psíquicas (depressão, burnout, TDAH) causadas não pela repressão externa, mas pelo excesso de positividade, comunicação e desempenho exigidos pela sociedade digital.
Ecossistemas fechados (como Apple iOS ou Meta) onde o operador controla o hardware, as aplicações e o conteúdo, restringindo o acesso e a interoperabilidade para manter o usuário cativo.